sábado, 22 de maio de 2010

E salve Salvador

Cerca de quatro horas de viagem (na verdade, um pouco menos) e meu coraçao já dispara. Ansiedade gostosa essa! O sorriso estampa na cara a alegria dos seres apaixonados, que ficam flutuando em seus pensamentos, divangando sobre mais um tao desejado encontro - por sinal, tenho que permanecer em constante vigília, uma vez que a ânsia nao acelera apenas meus batimentos cardíacos, mas também dá peso ao pé que, por vezes, esquece o carro chorando a 180km/h.

Passam das 17h, o sol já se esconde sob a luzes que a modernizaçao empresta à noite. Já posso sentir seu cheiro!!! Um pouco de dendê que se mistura à salinidade do mar. O seu perfume exala a euforia e simpatia tao característica dos meus conterrâneos.

Enfrento o trânsito que já nao me soa tao desgastante quanto outrora e observo os carros deslizando em perfeita harmonia por suas avenidas como se fossem monarcas a levitar sobre seus campos de flores - a paixao, definitivamente, se nao for cega, é míope.

Até o shopping se torna interessante. Deixa de ser shopping para se transformar numa rua emaranhada de bares, restaurantes e grifes, algumas até dignas da 5tʰ Avenue. Mas quem se importa? Nao importa se estás com um chinelo de borracha nos pés ou lambuzada de Armanis. Você está na Bahia! Se quiser se enquadrar, simplesmente sorria :)

Suspiros, e mais suspiros e a sexta-feira termina com a mais peruana das saladas em um dos tantos esplendorosos japoneses. A reifeiçao é complementada com salmao maçaricado e outras deliciosas iguarias. Um suquinho de morango, o qual mais se mastiga do que se bebe me convida para um petit gateau de doce de leite. E Genivalzinha (é a minha barriga, para aqueles que nao conhecem) sai feliz e saltitante do Gattai, louca para desaguar no sábado.

Salve, salve, Salvador!

P.S.: para os amantes de Japas, confirmo que a ceviche do Soho também é qualquer coisa de maravilhosa. Mais ainda se vier acompanhada do combinado do chef e de uma "mentiroska" de jabuticaba ou de lichia.

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