domingo, 22 de julho de 2007

Vazio: ausência de algo. Vazio do vazio: ausência de conhecimento do algo que está ausente.

E o tempo vai passando, sem muita trégua. Lança mão de suas armadilhas e relativismos e se mostra à frente de qualquer medida. Que ao menos esse moleque travesso ainda recepcione o resultado.

A vida vai passando, o mundo voando e as indagações nos cortejando.

Mário Lago, certa feita balbuciou ter feito “um acordo de coexistência pacífica com o tempo”, por meio do qual nem o tempo o perseguiria, nem Mário fugiria dele; um dia eles simplesmente se encontrariam. Infelizmente, a passionalidade ofusca em mim a sapiência da serenidade que acompanha dito acordo. Meu relacionamento com o tempo é um complexo caso de amor. Por vezes doentio, outras sadio. Acompanha as estações do ano, as fases da lua, o nascer e morrer do dia.

Há dias em que o verão desponta e o meu coração se inebria de energia – corre atrás do Tempo. Em momentos de outono se rebela, faz charme, porém anda macio – o Tempo e eu nos acomodamos. Quando o inverno surge, atinge a frieza de minh’alma, desacreditando nas suas promessas – o Tempo se entristece pelo meu desprezo. Mas eis que surge a primavera e bailamos frutíferos pela vida – é neste tempo que não há casal mais dançante do que nós, eu e o Tempo... Compassando e levitando pelo agora...

Contudo, estamos no inverno e, até que chegue a primavera, sai pra lá com esse mau Tempo, pois de vazio estou cheia!

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Tributo aos meus amigos
















Na especialidade do hoje, deixo um texto que escrevi em Abril/2006

Tantos acontecimentos em minha vida, um turbilhão de alegrias, uma felicidade sem limites, o sorriso transbordando a eternidade, e a razão disso tudo resumida em uma única palavra: amigos.

(Uma benção à vida por constantemente está me presenteando com a felicidade dos antigos e a chegada dos novos).

Talvez seja esse o sentido mais puro e casto do amor, descortinado da maneira mais euforicamente singela possível – se é que me entendem, hihihi.

Faço um retrospecto da minha infância, passo pela adolescência, chego à minha juventude (e eu que ouse sair dela!), e percebo que, de fato, meus amigos são a minha base, meu sustentáculo, aqueles que realmente me empurram para a vida.

Sim, não posso negar que já sofri decepções (algumas poucas, verdade), que jamais me queimei de ciúmes ou que perdas nunca existiram. Tampouco poderia me furtar a dizer que – escondida no meu cantinho – já chorei de saudade, assim como me enalteço de êxtase por um telefonema ou mensagem de um amigo distante (distante só aos olhos), pelos beijos e abraços dos presentes e por constantes e eternas declarações de amor.

Se não estão comigo, posso senti-los velando por mim, acalentando meu sono, desejando o meu melhor, brigando quando “tropeço” e, ainda que inconscientemente, curando a minha dor. E, quando assim não é, me ligam, mandam mensagens, scraps, e-mails, estão presentes do meu lado, me fazem companhia e… Sem saber, tornam a minha existência cada vez mais leve, os meus dias cada vez mais tranqüilos, o meu ser cada vez mais forte e imbatível e, por fim, a minha alma cada vez mais agradecida.

É inexplicável o conjunto de sensações… Aquela alegria que ultrapassa as barreiras do inatingível, que é tão poderosa e onipotente a ponto de nos amedrontar. Medo oriundo de uma insegurança que nos leva a pensar que todo esse sentimento é tão bom e perfeito para ser excessivamente real, que pode se esvair a qualquer tempo. Porém, não se esvai!!! Porque, além de perfeito, é íntegro, honesto e verdadeiro – e isso já pude constatar na prática.

Aos 28 anos e ainda - e sempre - aprendendo a viver, já aprendi que sem meus amigos sou apenas um corpo passante, caminhando pela existência sem dela usufruir. Por isso, venho aqui agradecer por vocês, meus amigos, terem se mostrado a mim, por estarem tão intrinsecamente ligados às minhas funções vitais e me oportunizarem o usufruto desse sentimento que faz com que eu – embora imbuída de sonhos, metas e desejos ainda em fase de realização – me sinta plenamente realizada e puramente feliz.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sem tempo para o tempo, só aceitando o já. Que venha!