quarta-feira, 27 de junho de 2007


Maior que o infinito, mais gostoso do que pão de queijo com salpicão, mais forte que teu murro, mais doloroso que minha mordida...
Ah, estrelinha! Tu que assim me chamas, é que es minha estrela.
Há muito ensaio verbos, poemas, prosas e dissertações, mas me perco na lírica de palavras indizíveis pela matéria e que só à alma compete contemplar.
Ah, estrelinha, sim, os amigos também são almas gêmeas. E logo RE-encontrei uma das minhas, tão logo em casa resolvi me repousar, tão logo o afago da nossa graminha resolvi, eu, acatar.
Olha-te e mira-te, minha estrelinha. Es tu que brilhas e relampeja em minha alma e impõe vigor e alegria em tristes anjinhos travessos. E isso tudo a uma distância que nem mesmo a saudade pode suportar. Mas ainda assim, minha estrelinha (meu grande eterno e mais antigo amigo), es mais presente que muitos presentes, os quais sequer ousariam te desafiar!
Meu amigo, minha estrela, nem mesmo consigo recordar há quanto tempo nos conhecemos. Foram quantos anos, séculos ou qüinqüênios de uma jornada que balbucia em nossos ouvidos pelo chamado do mundo?
Ah, estrelinha, meu mundo só é mundo no teu, e tua vida o meu remédio quando um “não eu” se põe em enfermidades.
Ah, estrelinha, que os outros tenham essa mesma dádiva de conhecer a euforia explosiva de uma incondicional, pura, casta, transbordante e legítima amizade. Assim, como eu, poderão dar uma melhor roupagem à essência do que é efetivamente verdadeiro. E para que assim, como eu, em dias de diabinhos sem pudor, possam, como eu, deitar o corpo nas nuvens e se cobrirem de soníferos sorrisos, cuja fórmula quiçá Hypnos e Morfeu têm talento para dissecar.
P.S.: " Vejo à noite uma estrelinha... no céu, piscando, piscando..." E olha eu aqui... te imitando, rsss.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Aos que têm pressa

É mais fácil construir um castelo de areia ou de mármore?
Resposta: um de areia.
Em contrapartida, o castelo de mármore é muito mais difícil de ser destruído.
As melhores coisas requerem um tempo e preparo maior. Porém, quando surgem, vêm com muito mais solidez.

Música

Há pouco mais de um mês atrás um grande amigo meu me disse algo que, embora de aparente simplicidade, fez-me refletir e divagar acerca de tal verdade: disse-me que eu era a pessoa mais apaixonada que ele já tinha conhecido na vida dele. Apesar de eu nunca ter parado para pensar nisso até então, me falta modéstia para discordar.

Eis a vida que me faz assim, reinventando a paixão todos os dias. A cada dia, a cada contorno, a cada nuance... ela, a vida, é quem se torna apaixonante. Hoje, mais uma vez, ela me seduziu com a poesia das músicas que, como já dizia Chico Buarque, entornou pelo chão.

Ahhh, a música... Apenas uma das tantas poéticas manifestações de que há vida na vida. E de que a arte persiste. Ahhh, a música! Enlouquece-me quando me embriaga com suas notas, quando se desnuda com uma nova roupagem e põe meu coração dilacerante a pulsar trepidamente. Entorpece-me com os seus caminhos, os quais percorro flutuando cegamente. Colore-me com os seus sentidos, sendo olfato, tato, visão e paladar sem que eles eu precise acionar.

Basta cintilar em meus ouvidos, revelando-se com o violão, que os meus pés não mais pousam o chão e as asas nova felicidade pressagiam.

Obrigada vida, obrigada música e à toda essa paixão. Obrigada por hoje e por todos os outros dias.