sábado, 27 de agosto de 2011

Montevidéo - Uruguai - dia 1

Domingo, 7 de agosto de 2011.
Chegada em Montevideo e o aeroporto já se apresenta aprazível e de fácil acesso (câmbio, táxi... tudo do ladinho e na mais perfeita sintonia. Não dá tempo nem de se sentir perdido).
O motorista já inicia a corrida com leves piadinhas sobre o nome do B&B onde ficarei hospedada (Una Noche Más), mas sem  a vulgaridade brasileira. Esbanja simpatia, me dando uma prévia do que iria encontrar no espírito de cada uruguaio (dentes sempre à mostra).
O caminho que percorremos foi pela orla até chegar num dos melhores bairros da cidade (Punta Carretas). Passamos por bairros residenciais, outros nem tanto e eu cada vez mais segura de que fiz a escolha certa quanto à minha localização.
A casa... Nem dá para notá-la como um B&B, salvo pela pequena placa de entrada. Rústica, simples mas bem aconchegante. De fato, um convite para una noche más.
O dono honra a sua nacionalidade com os sopros de simpatia e atenção. A atmosfera é bem acolhedora, o terraço me lembra os filmes românticos da atualidade, no qual o prmeiro beijo, a primeira janta ou o primeiro suspiro sempre acontecem na cobertura contemporânea da classe dos "descolados".
Instalações e dicas à parte, me desnudo do ninho para sentir o ar dos uruguaios. Faz frio, mas ainda se avista os transeuntes com seus "perros" pelas ruas. O Museu de Artes Visuais fica logo na esquina de uma rua transversal à minha. Aproveito para devorar a arte. Por sinal, gratuita, para todos. Além das pinturas permanentes, uma exposição sobre Sharaku - interpretado por artistas contemporâneos do japão - se eleva sobre o segundo piso do museu.
O frio se fortalece e uma parada no B&B para me fantasiar de "Wally"se faz necessária. Sobretudo e mais umas três peças de roupa compõem a saga "onde está Ju parte I".
Sigo em direção às Ramblas para buscar o shopping mais próximo para a minha "cena". Antes se avista um parque de diversões, bem como um parque verde, repleto de jovens entusiastas. Pergunto a um garoto como faço para chegar ao shopping e mais uma vez, como um autêntico uruguaio, ele me acompanha no ônibus, sinalizando onde devo parar.
O shopping... bem, é shopping como em todo lugar. Aquela multidão de gente desenfreada, passando assuntosamente sobre as pessoas como se o tempo se oferecesse mais rápido que o habitual e eis o meu primeiro desconforto. Quero sair daquele lugar, me sentir mais "despacito"outra vez, mas a fome clama por socorro. Finalmente páro num café e tomo a minha "cena"especialmente elaborada para o desayuno (nada mau em se considerando que não curto uma janta propriamente dita).
Cojo un taxi para volver a mi casa e penso que não necessio discorrer mais uma vez sobre a amabilidade uruguaia externada pelo meu atual motorista. Sim, eles exalam simpatia.