quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Essas mãos que calam, mas anseiam por falar, estão aptas a descortinar o mundo, desbravar a vida e novas formar criar. Transcendem às suas funções, embarcam em mares bravios. Morrem e nascem todos os dias ou simplesmente aparecem. Mãos que ocultam mistérios mil, dos quais muitos elas mesmas desconhecem. Mãos inquietas e inconstantes, serenas e calmantes, batem à porta. E o que virá?

5 comentários:

Anônimo disse...

Bonitas palavras. Tinha um cara que dizia:

Desbravar é preciso!

Ou algo assim...

Passolargo

Anônimo disse...

Estou no carro, indo a toda velocidade para o meu mundo. Enquanto avanço na imensidão deserta do asfalto, campos verdejantes e paredes verticais invadem meu olhar. E assim sigo. Avançando sem pestanejar. No rádio toca “The latest trick”de Dire Straits, e as brumas do passado ocultam a velocidade, a estrada, todo o mundo. Estou numa nave espacial, rumo ao espaço e ao infinito, onde a poeira estelar se confunde com o toque das mãos quando as mãos eram um mundo. Um mundo de inocência e perfeito demais para superar o tempo sideral. Não há nada lá fora, apenas brumas. Tudo que vejo, o espaço de recordações. E assim me aproximo das paredes verticais. O chamado da floresta clama por mim. Salto do carro e olho as escarpas. Hora de partir. Avanço lentamente pela selva, subindo em direção a outras alturas. As águas dos rios lavam minhas memórias e os minerais alimentam minha vontade. A velocidade, lentamente, toma conta do meu ser. “Ïn every street” acompanha meu passo. Não sou dor nem cansaço. Apenas uma sombra que corre sob o Sol a procura do próximo passo. Avança infinitamente. Nada possuo, apenas espírito e vontade. E sem limites. Para sempre, sem limites…

J.7 disse...

Noooossa, isso sim merecia um post!
Ainda viajo nas suas palavras...

Anônimo disse...

Que bom que você gostou! Também viajo em muitas coisas que você escreve!

Mirellinha disse...

Mãos que acariciam....